quinta-feira, 25 de junho de 2015

A margem da vida '

Depois de tantas palavras ditas, venho provar das minhas. As letras que me pediram, que esperavam, que me clamavam... neste momento estão cheias no prato que hoje eu preciso me servir. Chegou o momento de mergulhar no oceano de conselhos e me entregar às ondas de incentivo. Chegou a minha hora de se reinventar, de tentar de novo, de pescar. O instante de jogar as redes no mar e por cansar de esperar, aprender a nadar, é agora. É este, é o momento. Não há canoas ou barcos, neste segundo preciso confiar nos meus braços. Não há faróis, nem sinal de lâmpadas, agora quem dita a luz é o brilho dos meus olhos, do fio dos meus sonhos. O amargo está na boca que grita a força, que tenta convencer o corpo de não parar, de não se deixar levar pelo frio presente na espinha. Eu preciso só parar de pensar, para não ter medo de fraquejar. Só tentar engolir o nó na garganta que não me deixa respirar. Eu só preciso não me entregar, não deixar de provar das minhas palavras. Eu só preciso da certeza. Eu só preciso da presença. Eu só preciso saber que nada é para sempre.

Escolhas..

A questão central não se divide em certo e errado, mas em escolher e não escolher. Em decidir ou não decidir. Os abismos existem e durante toda a vida nós devemos optar por uma das mil maneiras que temos de atravessá-los. Ou de não atravessá-los. A verdade é que a gente precisa decidir. E ai, automaticamente, a gente decide quem estará ao nosso lado.

Por que no fundo, ninguém se afasta de ninguém. A distância nasce no virar de pés, nos horizontes extremos, nas prioridades contrárias, nas importâncias invertidas. É a moeda de troca. É o momento que você decide o que é realmente valioso para você, o que é prioridade, o que continua e o que fica para trás. Então você decide os pesos das suas renúncias e se responsabiliza pela falta que elas te causam. É tudo muito simples.

Sempre existem escolhas e elas são sempre nossas.